Nove anos passaram desde o último campeonato conquistado. Foi nesses 2,3 anos que o Sporting dominou o panorama nacional, que curiosamente emergiram dos melhores talentos vindos dos escalões de formação. Ricardo Quaresma, Hugo Viana e Cristiano Ronaldo têm algo em comum, e foi de tão jovens estrearem-se em equipas de grande qualidade e sucesso obtido. Tiveram oportunidade de evoluir ao lado de jogadores como Peter Schmeichel, André Cruz, Iordanov, César Prates e Beto Acosta (Ricardo Quaresma), ou Phill Babb, Aldo Duscher, João Pinto e Mário Jardel (Hugo Viana e C.Ronaldo). Também curiosamente foi nessas épocas, que o Sporting mais investiu em reforços, umas contratações mais acertadas que outras, mas a chave do sucesso deveu-se muito a ambos os plantéis terem pelo menos dois jogadores de qualidade indiscutível e serem grandes mais-valias para o plantel.
Desde aí, o Sporting optou por mudar a sua postura no mercado devido a problemas financeiros, gastando menos, arriscando menos mas comprando com qualidade. O que se tem visto é que desde 2002, o clube tem gasto menos, e não tem conseguido na esmagadora maioria das vezes comprar jogadores de grande qualidade, e valorizar também os jovens vindos da formação, excepção á época 2003/04 com dois jogadores (João Moutinho e Hugo Viana) e 2006/07, com quatro jogadores da academia (João Moutinho,Nani,Miguel Veloso e Djaló), e mesmo nestes plantéis tinham um ou dois jogadores que faziam a diferença. Sempre que o Sporting teve equipas com qualidade e sucesso, os jogadores da formação valorizaram, e o clube com essa mesma valorização já encaixou mais de 80 milhões de euros em vendas.
O futuro do clube tem que passar por aqui, pela formação, mas tendo como base dois ou três mais-valias no plantel, e vários jogadores experientes, para que os jogadores vindos do escalão inferior, não se sintam desapoiados, tenham sucesso, evoluindo de uma forma mais regular, num prazo mínimo de 2 a 3 anos. Actualmente o Sporting tem quatro jovens na equipa principal, Rui Patrício, André Santos,Daniel Carriço e Yannick Djaló; nem todos têm tido grande rendimento desportivo, mas todos eles têm grande potencial, e a melhor solução não é vendê-los depois desta época decepcionante, mas sim valorizá-los com uma época de sucesso desportivo. Temos que quebrar com o paradigma instalado nestes últimos dois anos, e só valorizando a "prata da casa" o faremos, auxiliada com algumas contratações de grande valor desportivo.
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